Chorão voando no Half daCambará/AAGIL em 2006
Esta é a terceira vez que o Chorão vai para São Paulo. A primeira vez, em 2006, ele foi representar a patinação do Pará no ProRad. Era o Rei do half, desbancou até o Jean – outro grande no vertical -, e viajou com apoio, entre outros, do Governo do Estado do Pará através da SEEL – Secretaria Executiva de Esporte e Lazer. Foi uma peleja jamais pelejada por qualquer outro patinador paraense. Competiu com alguns dos maiores do Brasil e do mundo. Deu entrevistas, passou um frio danado, andou junto, sentiu e viu no half, cara a cara, os vôos dos irmãos Yassutoko.
A segunda vez, em 2007, ele já foi para ficar mesmo. Até arranjou trabalho por lá. Mas bateu a saudade, a ilusão de morar em harmonia com a família, o campeonato paraense de patinação radical da AAGIL, tudo isso fê-lo voltar para Belém. Além disso, ele me disse que em SP ele trabalhava tão de madrugada numa pastelaria, levantava tão cedo que dormia até em pé ou descascando sacos e mais sacos de batatinhas.
Agora ele foi de novo para lá. Disse que não pretende voltar para Belém a não ser a passeio, que pretende se fazer por lá. Não que ele não goste daqui ou que esteja magoado com nosso povo, não. Ele quer ficar lá porque gostou de São Paulo, acha que lá há mais chance de se empregar, ganhar algum dinheiro, treinar in line.
Ele morou na minha casa -foto- como parte da minha família, durante seis meses de 2007. Imaginem o privilégio meu. Além do Campeão Paraense de Street,o Hugo “Taichi”, que é meu filho, eu podia conversar diariamente como o Campeão Paraense de Vertical, o “Chorão”. Foi muito legal, principalmente porque o Chorão faz de tudo para parecer bonzinho. Mas ele esse esforçava tanto que às vezes eu até pedia para ele me deixar em paz, que eu não precisava de ajuda nenhuma. Mas esse é o jeito dele hoje. E querer ser um cara humilde, legal, honesto, útil é uma coisa boa, todo mundo deveria tentar.
Pois é, mas agora ele foi embora mesmo. Pegou um ônibus dia 28.02.08 às10 horas e rumou para São Paulo, vai trabalhar por lá.
A maioria dos patinadores não atina com a importância dessa ausência, a ausência de um pioneiro. Foi ele quem saiu por aí arrebanhando gente para a criação da AAGIL. Ele ficava enchendo o saco da galera, pedindo para ir na reunião, que a gente precisava se unir, etc. Corre um boato de que até para as gatinhas com quem ele conversava ele falava da AAGIL e convidava para participar. Aliás, a sigla “AAGIL” foi inventada por ele mesmo. E há os incontáveis molequinhos que ele queria ajudar à minha custa, botando para andar de graça na minha Academia Cambará. Essas crianças, afinal de contas, é que serviram de base para a proposta de implantação de pólo de projeto do Governo do Pará que, se for aprovado, permitirá a manutenção da sede social da AAGIL com seu half, mini rampa, etc.
Sem contar que ele vivia no meu pé, pedindo para eu fazer cartinhas para imprensa, prefeitura, indústria e comércio pedindo apoio. Teve o descaramento de entregar uma carta dessas à empresa REVEMAR Motos, onde instalou cabos de rede. Digo descaramento porque o pedido era de doação de R$26.150,00. Ora, nem eu teria coragem de entregar um pedido desses para alguém. O mesmo pedido ele ficou de entregar para a SOL Informática, mas não sei se o fez.
Enfim, não se importava de passar vexame quando o assunto era ajudar a patinação. Sei que há pessoas honradas e tão valorosas quanto ele na AAGIL, mas ele fará falta aqui. A realidade, porém, se impõe e só me resta desejar-lhe muito boa sorte meu amigo Emerson “Chorão”.
E lembre-se, como disse uma amiga minha quando vim para Belém: “ - seja você mesmo”. Não precisa ser mais do que isso.
DESBANCOU O JEAN????
ResponderExcluirQuando isso aconteceu????
Não me recordo bem mas acho que o único campeonato que os dois disputaram Jean deixou chorão no chinelo, no primeiro campeonato da Cambará, nem AAGIL existia ainda.
O único que ganhou do Jean no half foi o MUSKITO,no half que o próprio Jean treinava em castanhal.
Estamos falando de Half, porque no street Jean sempre perdeu.
!!!!!!!Aconteceu exatamente em 05 e 06.05.06!!!!!!!, veja o relatório que ele fez para a SEEL na postagm de hoje.
ResponderExcluirTaichi, é preciso ler texto e contexo. No contexto envolvendo ProRad nenhum patinador paraense tinha condições de enfrentar o Chorão no Half e foi por isso que ele foi indicado para representar o Pará no ProRad com apoio da SEEL -Secretaria Executiva de Esporte e Lazer do Governo do Pará. Nesse sentido o comportamento dele foi exemplar para todos os esportistas paraenses.
Agora falando em campeonatos locais, no I e único Campeonato Cambará Aggressive In-line, realizado em 08 e 09.11.03 o Jean foi campeão e o Chorão vice-campeão. Quem ficou no chinelo?
Estamos falando de Half. Afora esse campeonato da Cambará, ninguém jamais ganhou do Chorão.
Isso não é desmerecimento para ninguém, apenas reflete o treinamento dele dia-sim-dia-não no Half durante todo o período de fevereiro de 2003 até o início de 2007.
"Desbancou" fica parecendo que o chorão derrotou o Jean em competição, fato que nunca aconteceu. Agora falando em contexto não existe dúvidas que Chorão foi indicado corretamente para representar o Pará no Prorad e fez isso muito bem, ficando na frente da irmã da Fabíola e do Negão!
ResponderExcluirVamos agora para as derrotas do Chorão no half: 2º no I campeonato Cambará, 18º no pro rad e 3º lugar na etapa de half em castanhal 2007.
Derrotas do Chorão? Taichi, não estou entendendo direito. Parece que você quer minimizar o brilho do Chorão, quer que ele não mereça o título de Rei do Half da Cambará?.
ResponderExcluirMas vamos aos feitos heróicos do Chorão: das competições de half que ele perdeu uma foi no ProRad onde estavam alguns dos melhores do mundo, a outra foi pro Jean que era mestre dele em half. A única que poderia ser classificada como fragorosa derrota foi a do half de Castanhal em 2007.
No conjunto, desde o I e único campeonato da Cambará ele perdeu três provas de half mas ganhou outras seis. Não é uma média boa? Não há merecimento no título de Rei do Half?
Não estou desmerecendo ninguém, há um erro no comentário que diz: "afora o campeonato da cambará ele jamais perdeu". Apenas informei os eventos de half em que ele não ficou em primeiro.
ResponderExcluirChorão tem uns 5 anos no mundo da patinação, e durante esses 5 anos ele foi o rei do half, mas a maneira como estás falando parece que ele foi o melhor verticaleiro que o Pará já teve. Falando em execução de manobras no half não existe dúvidas que Jean teve o grau de dificuldade mais alto no Pará.
Foi marcante para o inline paraense Chorão competir no prorad com os Yasutokos, porém, não podemos esquecer que existiram grandes reis do half como Nenem, Muskito, Jean, e mais antigamente Thiago maneschy, Coyote, Afonso Lima, Master e o lendário Carlão. Não existiria patinação vertical no Pará sem esses reis.
Repito, não estou desmerecendo ninguém, acompanho desde o início a história do agressive no Pará e existem gerações, cada uma com seus reis, sendo assim, na AAGIL Chorão é o atual rei do half.
Quanto ao Chorão ter cinco anos de patinação e ter sido Rei do Half por cinco anos, não posso concordar, pois ele mal conseguia escalar o half quando começou na Cambará e aqui está um grande mérito dele: treinou, treinou, treinou e treinou e desde que começamos a fazer campeonatos de half em 2005 ninguém ganha um campeonato dele. Foi aqui que ele se tornou o Rei do Half.
ResponderExcluirVeja, o texto correto do meu comentário é "Afora esse campeonato da Cambará, ninguém jamais ganhou do Chorão".
Espero que não haja dúvidas de que estou falando dos nossos campeonatos de vertical dos quais o Chorão participou de todas as etapas.
Ter perdido uma etapa em Castanhal 2007 não foi suficiente para derrubá-lo do pódio ano passado.
Então a minha afirmação, baseada nos resultados finais dos campeonatos está correta, sim senhor.
Relativamente aos grandes que você citou, exceto o Jean, nenhum competiu com o Chorão nas provas a que me refiro. Talvez todos eles superassem o "Chorão" em performances de half, se pudessem competir no sistema que estamos erigindo. Mas não competiram e por isso eles jamais ganharam do Chorão, nem eu os conheci.
Há um ponto de inflexão na história da patinação paraense situado entre o antes e o início da criação do Sistema Desportivo.
Aos que você citou, Taichi, também rendo minhas homenagens e faço aqui meu reconhecimento, embora não os tenha conhecido, nem eles tenham contribuido ao menos com sua presença física em uma só das mais de 40 reuniões que fizemos desde que iniciamos a construção do Sistema Desportivo da Patinação Aggressive In Line do Pará.
Mas ainda há tempo. Quem sabe se eles não resolvem ir mais adiante e, além de terem sido grandes patinadores no passado, se unem a nós nesta epopéia no presente.
Bom, por acaso achei esse blog que fala da patinaçao radical no Pará, Agradeço demais ao nosso SEMPRE irmão Taichi, nao tive a oportunidade de conhecer a nova geraçao, mais me orgulho muito em saber que o nivel técnico só melhora entre os competidores, infelismente nao tive a felicidade de continuar no esporte, mais para quem queria saber ainda tenho meu patins e minha "super-joelheira", rsrs, nao moro em Belem faz alguns anos, já passei por algumas cidades do brasil como, Fortaleza, Recife, Natal, Manaus, Sampa... e sempre carrego o patins para alguns rolés e a lembrança das boas épocas.. e fica aki minha homenagem a velha guarda da Patinação Aggressive Inline paraense. Coyote, Afonso, Master-blaster, Fábio-galinha,Rafael Núbile, Wanessa yoshié,Taichi, Carlão, moskito dentre outro que detonavam com a gente... um grande abço a todo e MUITO SUCESSO aos atuais radicais.. faloooow!!!
ResponderExcluirThiago Maneschy,
ResponderExcluirobrigado por se manifestar. Tomamos a liberdade de publicar seu comentário num post hoje, dando maior visibilidade a ele por se tratar de depoimento que mostra bem a fraternidade que une a galera do inline.
Sim, provavelmente por isso e
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