Você sabia que

está prevista a construção, pelo Governo do Pará, entre outros, de um Centro de Skate/Patins/Bike no Parque do Esporte e Lazer do Estado do Pará lá para as bandas do Mangueirão?

Não? Agora já sabe.

Quem está credenciado para dirigir o agg inline?

Ao que parece, muitos patinadores não sabem que em termos legais o esporte da patinação aggressive inline deveria ser administrado pela Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação – CBHP, através de sua vice-presidência de “Patinação Artística / Radical” que possui uma “Diretora de Radical”.

No momento da consulta, a Entidade mostra na sua página oficial da WEB um histórico que tem lá sua utilidade para alguma compreensão da patinação radical e um conjunto de 27 regras desse esporte. Tais regras, podemos dizer que são letras mortas, pois lá na página não há registro de evento de agg inline que tenha sido realizado por aquela Entidade, nem consta do seu calendário qualquer referência a esta modalidade.

É de se dizer então que, embora a CBHP pretenda ser detentora da legalidade da administração do esporte da patinação agg inline, não executa de fato ação alguma nesse sentido e, consequentemente, não possui a mínima legitimidade como órgão de administração nacional do agg inline.

É fato visível – e doloroso, que a CBHP, no momento, nada faz em prol do agg inline.

Embora seja compreensível que assim seja, pois a Entidade vinha recentemente se dedicando às modalidades que participariam dos Jogos Panamericanos, não há porque o esporte do agg inline ficar inerte, entregue às baratas ante a ausência político-administrativa da CBHP.

É preciso dizer, também, que logo após sua assembléia geral de fundação a AAGIL entrou em contato com a CBHP visando realizar um curso de arbitragem em Belém-PA.
Parece que os dirigentes da CBHP não perceberam que atendendo a AAGIL esta passaria imediatamente a atuar em conjunto com a Confederação fortalecendo-a. Ignorando o pedido da AAGIL, como fizeram, não restou outro caminho a esta Entidade que não o da ação independente no sentido de criar sistema desportivo específico para o agg inline.

Aliás, tão logo a AAGIL adquira alguma importância no cenário do agg inline brasileiro é de se esperar que a CBHP venha a se amostrar como administradora do esporte. Da parte da AAGIL nada há contra isso, desde que haja transparência e possibilidade de participação nas decisões que importam e que, por último, os dirigentes daquela entidade de administração compreendam que é inexorável o processo iniciado no Pará de dotar de organização autônoma o aggressive inline nacional.
1 Site oficial da CBHP. http://www.cbhp.com.br/organograma.html consultado em 29.08.07 às 17h40min.

A organização atual do agg inline no Brasil

Após ter visto o que diz a lei sobre a forma de se organizar o esporte no Brasil, é interessante um olhar sobre o agg in line do ponto de vista da sua organização.

Hoje no Brasil não há outra entidade de prática desportiva voltada exclusivamente para o esporte da patinação aggressive in line, além da AAGIL. A AAGIL é a primeira dessas associações – estou falando de entidade legalmente registrada.

E o qual a importância de haver apenas uma entidade? O fato de haver apenas uma entidade de prática desse esporte no Brasil mostra que em termos desportivos o aggressive inline é completamente desestruturado.

É necessário insistir num pensamento: o fato de não estar organizado desportivamente não significa que a atividade é toda desorganizada, mas, apenas, que ela é organizada de maneira diferente daquela preconizada pela Lei do Esporte. Cabe aqui outra pergunta: a maneira como é organizado o agg in line serve a interesses de pessoas ou grupos? Entre essas pessoas ou grupos está incluído você?

Mais perguntas: as pessoas que compõem os quadros administrativos do aggressive in line têm consciência e conhecimento técnico do assunto organização desportiva e estão agindo, então, de acordo com essa consciência e esse conhecimento? Não posso crer. Tudo indica que é mesmo ignorância sobre o modo de organizar e fazer funcionar o agg in line de acordo com a Lei do Esporte. Se assim não fosse, só restaria classificar como má fé o fato de algumas pessoas importantes nesse esporte defenderem a manutenção do status quo organizacional.

A verdade é que os formadores de opinião dentro do agg inline brasileiro nada fazem para dotar o esporte de estrutura organizacional na forma da lei.

Composição e objetivos do Sistema Brasileiro do Desporto

Continuando a prospecção de utilidades na lei do esporte, vejam que ela agora vai nos informar como é o organograma do esporte no Brasil. Aqui ela, a Lei, introduz, também, o conceito de sistema à organização desportiva legal do nosso País.
Ao admitir que o esporte brasileiro se integre numa coisa chamada sistema, a Lei está nos dizendo que as partes que compõem esse conjunto funcionam de maneira coordenada, ao menos deveria ser assim, recebem insumos diversos e geram produtos.
“....
Art. 4º O Sistema Brasileiro do Desporto compreende:
I - o Ministério do Esporte;
III - o Conselho Nacional do Esporte – CNE;
IV - o sistema nacional do desporto e os sistemas de desporto dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, organizados de forma autônoma e em regime de colaboração, integrados por vínculos de natureza técnica específicos de cada modalidade desportiva.
§1º O Sistema Brasileiro do Desporto tem por objetivo garantir a prática desportiva regular e melhorar-lhe o padrão de qualidade.
§ 2o A organização desportiva do País, fundada na liberdade de associação, integra o patrimônio cultural brasileiro e é considerada de elevado interesse social ...”
Observem, no item IV, que dentro do Sistema Brasileiro do Desporto há um Sistema Nacional do Desporto voltado para a promoção e aprimoramento do esporte de rendimento e que tem a seguinte estrutura:
“...O Sistema Nacional do Desporto congrega as pessoas físicas e jurídicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, encarregadas da coordenação, administração, normalização, apoio e prática do desporto, bem como as incumbidas da Justiça Desportiva e, especialmente:
I - o Comitê Olímpico Brasileiro-COB;
II - o Comitê Paraolímpico Brasileiro;
III - as entidades nacionais de administração do desporto;
IV - as entidades regionais de administração do desporto;
V - as ligas regionais e nacionais;
VI - as entidades de prática desportiva filiadas ou não àquelas referidas nos incisos anteriores. ...”

Se vocês estão acompanhando este passeio pela Lei do Esporte, então já lhes é familiar a listinha aí em cima. A título de exercício, identifiquem o conjunto de entidades em que a AAGIL se enquadra.
Porque estou transcrevendo trechos a Lei do Esporte aqui? Porque quem quiser trabalhar na criação do Sistema Desportivo do Aggressive in Line no Brasil precisa ter sempre presente, de maneira bem clara, os termos da Lei. Ora, a não observação dos termos da Lei, seja por esperteza, leviandade, desleixo ou ignorância, só pode levar o esporte à confusão e ao descrédito. E aqui faço outra pergunta: há quem exerça atividades desportivas de Agg Iin Line sem observar o que consta na Lei do Esporte? Se a resposta for sim, identifiquem a que ramo de negócio se dedicam essas pessoas. Isto pode ser o início da compreensão do porque o inline ser do jeito que é.

Pintar paisagens ou patinar?

Na hora de escolher a profissão é preciso pensar bem. Veja só:

Sempre que eu posto um vídeo nalgum vídeo log, mesmo sabendo que minha criatividade não anda lá essas coisas, gosto de acompanhar os views. Os views são aqueles numerozinhos que nos dizem quantas vezes o vídeo foi acessado. Pois é. Acontece que o número novo vai sendo inscrito sobre o antigo, de modo que a informação anterior é sempre perdida. Não há, ainda, que eu saiba, um histórico dos views no YouTube.

Outro dia notei que os views de um vídeo que fiz de um pintor amigo meu, o Mestre Romildo, andava chegando perto dos views de um vídeo que fiz sobre as voltas do grande campeão de patinação aggressive in line, o Fabinho, quando ele ganhou o champ de Peruíbe em dezembro de 2006. Os dois vídeos foram postados há cerca de um ano, aqui estão eles:

o do in line:



o da pintura:



Então, comecei a desenhar as freqüências acumuladas dos views dos tais vídeos em um gráfico. Esses gráficos de freqüência acumulada têm uma vantagem imbatível em relação aos outros: dão a tendência dos números.



Observando a tendência, no caso, você pode ver que o número de views do vídeo de pintura vai ultrapassar brevemente o número de views do vídeo de patinação.

Finalmente, para tirar a prova dos nove, fiz este gráfico dos últimos dez dias de views, comparando as médias de views dos vídeos da pintura (bordô) e da patinação (azul).

Conclusão provisória: pintar paisagens faz mais sucesso do que patinar.