Descrição:
Ninguém encaminha releases à imprensa. Não se vê uma faixa, cartaz ou qualquer material de divulgação. O esporte da patinação Aggressive In Line raramente é mencionado pelos jornais em Belém e, ao que parece, é assim, também, no resto do Estado. O mesmo ocorre com as emissoras de TV e rádios locais. Como a imprensa não tem feito referência a patinação, é como se não existisse enquanto esporte. Trata-se do problema de maior número de conseqüências e suas causas são das mais complexas.
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Conseqüências:
01) Carência de apoio aos atletas;
06) Dificuldade financeira para adquirir materiais e equipamentos;
08) Deficiência no conhecimento técnico sobre como são feitas as manobras;
09) Deficiência na estrutura para evolução de atletas;
10) Pouco conhecimento das regras de arbitragem;
11) Relação difícil entre atleta e família;
12) Carência de informação aos atletas.
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Causas:
03) Desinteresse dos atletas pelas questões organizacionais;
05) Deficiência na elaboração de calendário de eventos;
13) Carência de seriedade de atletas.
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Prognóstico:
Em que pese a impossibilidade de atuar diretamente sobre os fatores 03 e 13, é viável a redução das conseqüências deste fato-problema em médio prazo pela atuação sobre o fato-problema 05-elaboração de um calendário de eventos e, ainda, encaminhamento dos resultados das competições à imprensa.
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Para o grupo de estudos “deficiência na divulgação do esporte” significava mesmo que a imprensa local não tinha referência alguma sobre o que poderia estar ocorrendo no agg inline. Assim o esporte não era sequer citado por qualquer dos órgãos da imprensa local. Ora, nem se poderia criticar a imprensa, pois a ela não chegava informação de acontecimento algum.
Esse desconhecimento do esporte por parte da imprensa tem conseqüências nefastas e abrangentes no seio do agg inline. Um fato não divulgado é quase um não-fato, inexistência. Ora, ninguém apoiaria uma inexistência, um esporte tão escondido, que nunca se mostra e que, portanto, não mostraria as marcas dos patrocinadores ou apoiadores.
Essa obviedade - não havendo o que mostrar não há o que apoiar - parece não sensibilizar muitos inliners. Há certo descaso em relação a mostrar o trabalho que parece associado ao desinteresse pela organização do inline. Uma espécie de romantismo ou interesses escusos parece estar na base de certo pensamento “undergrundista” que propõe trabalhar nas sombras e divulgar o inline apenas em meios especializados, sites de empresas ou a elas vinculados, mantendo a grande imprensa longe do esporte. Ora, ignorância ou ma fé são os únicos móveis possíveis de tal posicionamento, um e outro devem ser extirpados do seio do inline.
Como eu dizia, então, uma das constatações do grupo de estudos foi a de que havia deficiência muito grande na divulgação do inline, a ponto de o esporte estar completamente fora das pautas da imprensa local. Uma das curiosidades a esse respeito é a confusão que muitas pessoas fazem, não distinguindo direito a patinação aggressive in line do skateborad. Há muitas pessoas que tomam um pelo outro na fala, como se fossem a mesma coisa. Isso seria completamente ignorável se não denunciasse o terrível fato de que se o aggresive in line não estando na imprensa como esporte, então não existe como tal. E não existindo, como já disse, não há o que apoiar.
É preciso que os praticantes entendam, minimamente, algo sobre a imprensa. Por exemplo, que as matérias primas da imprensa são os acontecimentos do mundo. Mas ela precisa ter algum contato com esses acontecimentos para repercuti-los nos meios de comunicação. Além disso, há momentos em que a imprensa está sobrecarregada de fatos esportivos e outros momentos em que há carência desses fatos. Mais ainda, há esportes que vendem jornais e proporcionam audiência aos canais de televisão. São os esportes de consumo das massas, de milhares ou milhões de espectadores, esportes que provêem salas de imprensa nos estádios, etc.
Entretanto, mesmo sendo o inline um esporte ainda de interesse restrito, pode conseguir espaço na mídia, principalmente em momentos de rarefação de feitos nos outros esportes. Como não se sabe quando ocorrerão aqueles momentos, o jeito é manter as mesas dos editores de esportes dos jornais, televisões e rádios sempre abastecidas com alguma notícia sobre o inline.
Além disso, no caso dos jornais, eles já têm bastante o que fazer, ninguém lá está com disposição ou tem tempo de pesquisar e redigir matérias sobre inline. Então as informações precisam ser enviadas com acabamento excelente, se possível na forma final da notícia, como se fosse coisa de jornalista. Nada garante que será divulgada a informação, mas sendo escrita à maneira jornalística terá maiores chances, concordam?
E não adianta se revoltar contra o desinteresse da mídia em relação ao inline. É necessário, sim, buscar caminhos que levem os jornalistas desportivos a se interessarem pelo inline. Como isso não está nos manuais, repito minha sugestão: manter as mesas dos editores de esporte sempre abastecidas com alguma notícia do inline. A cada trinta ou quarenta remessas uma poderá ser publicada em jornal escrito.
Mas não basta encaminhar notícias às redações da mídia, é necessário, também que os responsáveis pelas notícias nos meios de comunicação estabeleçam um vínculo de confiança em relação à fonte de informações do inline. É preciso, por exemplo, que os órgãos de imprensa tenham telefone e o nome de uma pessoa com quem possam falar ou pedir informações. E ter isso leva um tempinho e depende, claro, de o esporte estar em andamento, as competições acontecendo.
Quando apenas quatro atletas se inscrevem numa prova de half na ilha do Mosqueiro, como ocorreu em pleno mês de julho 2007, veraneio, fica difícil alguém querer divulgar isso apenas pelo conteúdo. Algumas imagens bem feitas e encaminhadas em DVD talvez estimulem os redatores, mas certamente que uma participação maciça de competidores teria mais chances de divulgação.
Creio que mais uma vez o foco do interesse no assunto seja a conscientização dos inliners de que está nas mãos deles e delas a questão de divulgar decentemente o esporte com todas as conseqüências dessa divulgação. Pode-se arranjar quem escreva sobre o esporte e envie para a mídia, mas não se pode escrever sobre uma participação que não esteja acontecendo.
Há, também, o fato de que jornalistas desportivos nada compreendem do aggressive in line, mas este é um outro caso.
Finalmente, é bom lembrar que ter um jornalista participando das atividades de divulgação do agg in line ajuda muito, pois as pessoas que trabalham nas redações dos meios de comunicação entendem-se melhor com os profissionais da sua área.
Quer ver o problema 01? http://aagil.blogspot.com/2008/05/problema-n-01-carncia-de-apoio-atletas.html
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